A Igreja Católica inicia uma nova etapa com o conclave que teve início nesta quarta-feira, 7 de maio, para eleger o novo papa. A sucessão ocorre após a morte de Francisco, em 21 de abril, e, pela primeira vez, um brasileiro está entre os principais nomes cotados para liderar a Igreja: o cardeal Leonardo Ulrich Steiner, segundo reportagens do The New York Times e da agência Ansa.
Natural de Forquilhinha (SC), Steiner é arcebispo de Manaus desde 2019 e, em 2022, foi nomeado por Francisco como o primeiro cardeal da Amazônia — um gesto simbólico que reforça o compromisso da Igreja com as regiões periféricas e com a preservação ambiental.
A disputa pelo papado reflete as divisões internas da Igreja, entre os que apoiam os avanços sociais e pastorais promovidos por Francisco e os setores conservadores que defendem o retorno a tradições mais rígidas. Essa polarização deve influenciar significativamente o rumo da votação entre os cardeais.
Outro fator que marca este conclave é a diversidade do Colégio Cardinalício. Com a presença crescente de representantes de regiões antes marginalizadas, muitos cardeais têm usado crachás de identificação — uma prática que alguns consideram desconfortável, mas que simboliza a ampliação geográfica e cultural da liderança eclesiástica. Essa pluralidade torna a escolha do novo papa ainda mais imprevisível.