Com o início do conclave nesta quarta-feira (7), o volume de apostas sobre quem será o próximo papa disparou na plataforma norte-americana Polymarket. Desde a morte do papa Francisco, em 21 de abril, o valor apostado saltou de US$ 2,9 milhões (R$ 16,65 milhões) para US$ 20,5 milhões (R$ 117,67 milhões).
O cardeal italiano Pietro Parolin lidera as apostas e é o principal favorito para suceder Francisco. Ele já ocupava essa posição desde o falecimento do pontífice.
Apesar da popularidade das apostas internacionais, esse tipo de atividade é proibida no Brasil. Segundo Ricardo Magri, especialista da Empresa Brasileira de Apoio ao Compulsivo (EBAC), a regulamentação em vigor desde 1º de janeiro de 2025 limita as apostas apenas a eventos esportivos reais e jogos virtuais com resultados aleatórios.
No Polymarket, os 10 nomes mais apostados até as 12h (horário de Brasília) são:
Pietro Parolin – 30% das apostas
Luis Antonio Tagle – 19%
Matteo Zuppi – 10%
Pierbattista Pizzaballa – 9%
Péter Erdö – 6%
Jean-Marc Aveline – 5%
Peter Turkson – 5%
Robert Sarah – 3%
Jose Tolentino de Mendonca – 2%
Mario Grech – 2%
Aos 70 anos, Pietro Parolin é considerado o “número dois” do Vaticano e foi o principal auxiliar do papa Francisco ao longo de seu pontificado. Como secretário de Estado, atuou em missões diplomáticas cruciais, como as negociações com China e Vietnã.
Discreto e com postura reservada, Parolin é conhecido por sua cautela ao falar em público. Apesar disso, já expressou opiniões firmes: disse que o celibato não é um dogma, criticou a ligação entre homossexualidade e abusos na Igreja, condenou o aborto e a barriga de aluguel, e rejeitou a ideia de dissociação entre sexo biológico e identidade de gênero.
Muito respeitado dentro e fora da Igreja, foi nomeado cardeal por Francisco em 2014 e segue como um dos nomes mais influentes da Cúria Romana.