Na última década, pesquisadores descobriram associações entre alimentos ultraprocessados e uma série de problemas de saúde que vão desde doenças cardíacas até diabetes tipo 2, demência e alguns tipos de câncer. Esses produtos passam por diferentes processos industriais e são ricos em aditivos químicos para torná-los mais duráveis e palatáveis. Alguns exemplos são biscoitos, macarrão instantâneo, refrigerantes, entre outros.
Agora, os cientistas acrescentam a doença de Parkinson à lista de doenças ligadas aos ultraprocessados. Em estudo publicado nesta quarta-feira na revista científica Neurology, pesquisadores dos Estados Unidos e da China relataram que pessoas que consumiam muitos alimentos ultraprocessados tinham maior probabilidade de desenvolver os primeiros sinais de Parkinson do que aquelas que consumiam menos.
A descoberta é uma associação, ou seja, ainda não prova que os alimentos ultraprocessados causem a doença de Parkinson em si, uma condição neurodegenerativa progressiva e incurável marcada por tremores, rigidez muscular e outros sintomas.
Ainda assim, estudos como esse são fundamentais para encontrar ligações importantes entre o que comemos e o risco de doenças neurológicas, afirma Silke Appel Cresswell, neurologista do Centro de Pesquisa para Parkinson Pacific, da Universidade da Colúmbia Britânica, no Canadá, que não participou do estudo.
Já está estabelecido que o que se coloca no prato desempenha um papel no desenvolvimento de condições como doenças cardíacas, mas “estamos um pouco atrasados” quando se trata de como isso afeta a saúde do cérebro, diz:
— É por aí que precisamos começar.
Quer saber mais acesse:
https://oglobo.globo.com/saude/noticia/2025/05/08/alimentos-ultraprocessados-estao-ligados-a-sintomas-iniciais-de-parkinson-revela-novo-estudo.ghtml